
Os ponchos estão novamente na moda. E ainda bem porque adoro
Era assim que me sentia, e sinto, cada vez que em Portugal via textos escritos usando o novo acordo ortográfico. Aquilo nao é português, pode ser do Brasil mas nao é meu. Não me identifico. Será que agora também vamos escrever Aids em vez de Sida? Vontade de chorar...
E uma vez mais venho rendida com a qualidade dos cafés e pastelarias portuguesas. Em qualquer sítio, mesmo que com um aspecto banal, bebe-se um café maravilhoso e come-se um pãozinho tão bom. 5 estrelas, sem comparação. É por isso que me arrepia os conceitos e trocas por Starbucks e coisas do género. Se há coisa em que somos bons em Portugal é na qualidade dos cafés/padarias e pastelarias.
Confesso que fiquei com uma pontinha de inveja do ar saudável - e douradinho - que vi nas peles portuguesas. Saudades de estar com um aspecto mais mediterrânico. Para tentar colmatar a falta de sol, e de cor, comprei esta maravilha de pó bronzeador e recomendo. Dá um arzinho bronzeado e está mais ou menos ao nível do da Lancôme, que usava anteriormente. A lata que comprei, há anos, partiu-se toda numa viagem. Fiquei desgostosa e comprei outro também da Lancôme, em forma de pincel, que foi uma profunda desilusão. Este voltou a me entusiasmar. Quando não há praia, e sol, há que arranjar soluções!
Dois filmes que vi recentemente e que recomendo. Casanova deu-me a conhecer a vida boémia do autor Giacomo Casanova, na Veneza do século XVI. Filho duma actriz, ávido consumidor de livros e cultura, obcecado por mulheres, viveu a vida ao máximo e deixou uma das mais importantes biografias sobre a sua vida, durante o século XVI, que ajudou a perceber usos e costumes, teias políticas e o poder da Igreja. Esteve envolvido em grandes escândalos, quase sempre relacionados com 'rabos de saia'. O filme consegue não só retratar a Veneza da época, sendo que era uma das principais cidades comerciais, como oferece um diálogo humorístico bastante agradável e farto em dissertações. Para além, claro, da inerente história de amor.
Acabei de comer dois, soube-me pela vida. Ao tempo que nao comia figos, ha' anos mesmo. Lembro-me que na casa de ferias dos meus pais, no Porto Santo, tinhamos uma figueira que ficava sempre carregadissima de figos verdes, doces como nunca voltei a comer, cheios de mel. As figueiras sao arvores generosas. Estao normalmente ao abandono e mesmo assim carregam-se, os galhos ate' caem de tao pesados. Saudades desses tempos, e da figueira que ja' la' nao esta'...
Diz que sim. Que a gaja (eu) esta' cansada pra cornos, anda a dormir mal e precisa urgentemente de escapar para um lugar melhor (diferente digamos), onde haja sol, peixe grelhado e sem horarios. Onde nao se faca nada, absolutamente nada, ate' porque nao me apetece fazer nada. So' dormir, cafezar e ler o que eu quero. Felizmente o gajo entende e logo me trouxe carradas de miminhos e atencoes, enquanto ambos aguardamos a data de partida. Esta quase, quase, quase...