Há dois ou três anos, li o livro de memórias do arquiduque Maximiliano da Áustria e da sua esposa, Carlota da Bélgica, sobre as impressões que retiveram da Madeira quando visitaram a ilha juntos, em 1859. O arquiduque Maximiliano era irmão do imperador Francisco José da Áustria e a sua esposa, Carlota da Bélgica, era filha do rei Leopoldo I da Bélgica e também irmã do futuro rei Leopoldo II, o carrasco do Congo…
Embora a informação seja escassa, consegui com alguma pesquisa descobrir que se trata da Quinta da Serra, hoje um hotel rural 5 estrelas, e o devasso foi mesmo o cônsul britânico Henry Veitch (1782-1857). O diplomata tinha origem escocesa e chegou à Madeira em 1799. Viveu na ilha a maior parte da vida e em 1815, quando Napoleão Bonaparte passou pela Madeira a caminho do exílio em Santa Helena, o cônsul foi das poucas pessoas a estar com Napoleão. Foi convidado a subir a bordo do navio e ofereceu-lhe frutas e vinhos.
Claro que depois de saber disto tudo, tive de fazer umas visitas in loco. O ano passado, fui conhecer a Quinta da Serra e fiquei fascinada. É um espaço de paz e tranquilidade na natureza, com algumas plantações de frutas e legumes que são usadas na unidade hoteleira. Tomámos café no bar junto à piscina coberta. Depois de ter visto o tamanho da piscina prometi que da próxima vez viria para pernoitar. E assim foi, este ano passámos um fim-de-semana na Quinta da Serra. Voltei a perder-me nos jardins, passei uma tarde a nadar e visitei novamente o local na quinta onde está sepultado o cônsul Henry Veitch. Deixo o registo fotográfico, com mais algumas informações.