segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Serões recentes


Vicky Cristina Barcelona: um filme divertido, ritmado, com bons diálogos, romance tripartido, vida latina etc. A Penélope está excelente. Vale a pena ver, mas não é um grande filme. Ou pelo menos esperava mais, ou diferente!
Central do Brasil: muito bom. Forte, enigmático, desafiante, envolvente, social, matreiro, do Brasil imenso, uma história para nos encher o coração. A Fernanda merecia o Óscar. Mas, no fundo, ela nem precisa dele!

sábado, 29 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Notas soltas

Durante estas últimas férias:

bebi imenso sumo de laranja natural
andei muito a pé
comi mais 'jamón' do que devia
avançei com a leitura da Anna Karenina, e estou a adorar
apanhei mais chuva do que pensava
estava mais frio do que imaginava
tive de comprar luvas
fiz uma visita guiada e personalizada à cidade 
apanhei uma infecção na garganta
fiquei com uma valente constipação
dormi o suficiente
desabafei muito
comi costeleta de porco mais do que uma vez
desejei regressar mais cedo quando a tosse quase me fazia vomitar
descobri que eu e a L. damo-nos realmente bem
vi um show de flamengo e adorei
pratiquei o espanhol
comi tapas e tortilla
comprei um vestido azul lindo e diferente
fui a Córdoba
descobri que estava mais cansada e stressada do que pensava
senti a tua falta
comprei um xaile sevilhano
comprei brincos e fios lindos
trouxe chouriços e similares
andei quase sempre com casaco de inverno, na rua e dentro dos edifícios
vi montras lindas
bebi café muito bom em sítios in e menos in
senti a falta do sol
bebi chá de amêndoa numa casa de chá marroquina etc e tal...

Apesar de tudo, um balanço francamente positivo!

sábado, 22 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ainda por cima e' feio, por dentro e por fora!

Existem frases feitas sobre pessoas e situacoes que pensava que nao passavam disso mesmo, de frases feitas, mas a vida e a experiencia tem ensinado que algumas sao verdadeiras, e que as nossas maes e avos tinham razao. Como nao tenho por habito espetar veneno, ou lixar a vida 'as pessoas, antes pelo contrario, faz-me confusao que haja pessoas e chefes que andam sempre a espezinhar, controlar, a tratar mal, a rebaixar e tem imenso prazer em ser sacanas, fazem disso um passatempo diario. Pouco me deixo afectar,ate' porque , nao sei se e' por perceberem que comigo nao funciona, por norma nao me chateiam muito. Mas nao e' que: what goes around really comes around ?!!! As pessoas acabam por pagar as suas accoes. Espetam veneno ate' ao dia em que tem de beber do seu proprio veneno, ficam encurralados nas suas ratoeiras,  entre a espada e a parede. Peninha nenhuma. Vou continuar a ser como sou, e a ajudar sempre que puder, e ele vai aprender uma licao que se vai F%*$£ todinho!!!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Strawberry fields forever

Os homens europeus descem sobre Marrocos com a missão de recrutar mulheres.
Nas cidades, vilas e aldeias é afixado o convite e as mulheres apresentam-se no local da selecção.
Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas, dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil.
A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga.
São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são
demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são
embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma
actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e comida, e trabalham de sol a sol.
É assim durante meses, seis meses máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos
reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Na Espanha socialista, este programa de recrutamento tão imaginativo, que faz lembrar as pesagens e apreciações a olho dos atributos físicos dos escravos africanos no tempo da escravatura, olhos, cabelos, dentes, unhas, toca a trabalhar, quem dá mais, é considerado pioneiro e chamam-lhe programa de "emigração ética". Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um modelo. Emigração ética, dizem eles.
Os homens são os empregadores. Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos pequenos.
As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizar a responsabilidade de ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens, desempregados perenes, para os das mulheres, impondo-lhes uma humilhação e uma privação.
Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido.
Que esta história se passe no século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo, com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas.
Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb "emigração ética". Damos às mulheres "uma oportunidade", dizem eles. E quem se preocupa com os filhos?
Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os
europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil, uma infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos outros, apesar de querem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos.
Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas?
Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ão.
Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão.
Esta Europa que presume de humana e humanista com o sr. Barroso à frente, às vezes mete nojo.

Clara Ferreira Alves, in Expresso
Hoje tudo o que quero e' sair a horas e ir para casa depois do trabalho. Sera' a primeira vez esta semana. A toca esta' virada do avesso e quero arrumar, limpar, cozinhar, ler etc, ao meu ritmo... Coisinhas simples que me fazem feliz...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Outras aquisicoes deste Natal


Do primeiro nao sei muito, apenas alguns dos comentarios que li na imprensa. O segundo foi escrito pelo meu ex-professor Jaime Nogueira Pinto. Adorava as suas aulas de  'Politica Externa Portuguesa', e como sei que escreve bem, penso que nao me vou desiludir. Depois digo de minha justica!

domingo, 16 de janeiro de 2011

A dam good film!

Entretanto o Ben Ali foi 'a vida!

Tunisia

Um dia - ainda estou para perceber como e porque - vi-me num estadio de futebol tunisino para assistir 'a partida da taca de Africa Tunisia-Ruanda. Cheguei cedo e, a determinada altura, disseram que o presidente da Tunisia ia chegar. Quando isso acontecesse, tinha que me levantar e fazer venia. O estadio todo iria faze-lo. Perguntei se a Tunisia nao era uma democracia. Sim. Ha' quanto tempo esta' o presidente no poder? Nao sei precisar, mas a resposta foi qualquer coisa para cima dos 20. Disse que se era uma democracia nao me iria por de pe', nao sou tunisina nem venero nenhum mortal. Ficaram chateados e disseram que nao fizesse barulho se nao quisesse ter problemas com a policia. Parece que agora o Mr. Ben Ali - que ainda esta' no poder - diz que nao se candidata apos 2014. Tudo porque a malta comecou a revoltar-se, ja' houve mortes e manifestacoes. Um dia teria que ser. Africa, nada de novo!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

As pessoas nao sao nacionalidades. Sao pessoas!

Slumdog Millionaire

Nao tenho qualquer fascinio pela producao cinematografica indiana. Acho ate' que sinto repulsa. Faz-me confusao que as actrizes sejam escolhidas pela beleza e nao pelo talento, nao tenho particular interesse pela cultura, os filmes sao demasiado longos, e com muita danca, e ate' rejeito muitos dos valores. Mas gostei do Slumdog Millionaire. E' uma producao ocidental, e' verdade, mas nao deixa de ser sobre a realidade indiana. 

Bar Lisbon

Comprei recentemente este cd aqui em Londres. Nao sabia bem ao que ia, mas o elenco de cantores e musicas pareciam promissores, e foi uma agradavel supresa. E' giro, com musica agradavel para preencher os afazeres domesticos. O cd e' duplo e comprei a preco de saldo. Curioso que a musica numero 1, 'Grito', do primeiro cd, e' cantada pelo Goncalo Salgueiro, que foi meu colega na faculdade. As voltas que damos 'a vida!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mark Haddon

Se nao foi o primeiro, foi um dos primeiros livros que li quando cheguei a Inglaterra. Continua a ser um dos meus titulos preferidos. O Mark Haddon e' brilhante na forma como consegue entrar e explorar a mente duma crianca autista, que quer descobrir quem matou o cao da vizinha. Mas muitas aventuras e dramas se cruzam com o objectivo inicial. O livro foi escrito para miudos mas tambem agradou a graudos. Por essa razao, fizeram esta capa para a edicao de adultos.

Abrajinhos para todos!

Nem acredito. O enxurrilho de disparates que aqui - carinhosamente - deposito traz-me, em media, 100 leitores por dia! Eu que nem comento noutros espacos tanto quanto gostaria, por manifesta falta de tempo, nem muito tempo tenho para explorar novos blogues. Um beijinho a todos os leitores!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sim, uma valente dor de cabeca...*

*Que e' para nao chamar enxaqueca...

Pieter de Hooch





 

Visitei recentemente uma casa onde viveram membros da aristocracia inglesa, no sul de Inglaterra, que tinha alguns quadros do pintor holandes Pieter de Hooch. Nao conhecia e gostei das cores, da perspectiva, das cenas domesticas e mundanas e das sombras.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ele que va' ser sacana para o raio que o parta. Agora quem manda sou eu. Tenho dito!

Historia

Demasiadas vezes penso que deveria ter feito uma licenciatura em Historia, assim como mestrado e doutoramento. Depois, dedicar-me-ia 'a investigacao historica, para poder escrever sobre personagens, eventos e epocas que me fascinam, tal a minha paixao por estes assuntos. Mas o facto e' que sou uma mulher de multiplas paixoes, escolher sera' sempre uma tarefa dificil para mim, e o que segui tambem me move e fascina...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Joan Collins

Numa revista de jornal que sai todas as sextas-feiras, e que gosto de ler, ha' sempre uma mini entrevista, na ultima pagina, a pessoas relativamente ou muito conhecidas, a proposito de qualquer coisa nova que estejam a fazer. Recentemente, a entrevistada foi a actriz inglesa Joan Collins, conhecida por ter participado na serie Dinastia. As perguntas sao sempre as mesmas, e uma delas e':  ''se a sua casa estivesse a arder, o que tentaria salvar do incendio?" A Joan Collins disse que tentaria salvar muita coisa. Mas se so' pudessem ser duas, salvaria a agenda de moradas e o seu colar da sorte. Depois, tambem salvaria o marido etc e tal. Nao admira que a senhora, aos 77 anos, va' no quinto casamento. A ter esta consideracao pelos maridos...lol 

Good girl

Fui ver os saldos. Coisas muito boas e a preços óptimos, e portei-me bem, muito bem. Não comprei nada!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Tenho que arranjar uma mulher a dias*...

Cansada de limpar e arrumar. Há dias em que não apetece mesmo, sobretudo quando o pó acumula durante as férias. Mas gosto ainda menos de ver sujo.

* Quando for rica...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sweet memories

No regresso 'a Madeira, este Natal, fomos forcados a aterrar no Porto Santo devido aos ventos fortes. E por la' ficamos dois dias. Num hotel na praia, com tudo pago. Ou seja, ainda tive duplas ferias e matei saudades da Ilha Dourada. Que sorte!

P.S - Claro que poderia ter ficado fula, e comecado a vociferar por nao ter consigo aterrar, afinal passei a noite em claro para poder estar no aeroporto 'as 5 da manha. Mas voltar a Porto Santo e' uma dadiva, e se nao nos pagassem hotel ainda podia ir para a casita de ferias da familia. Sem stress disfrutamos do mar, do sol, do cafezinho...Tao bom!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Animal farm

Enquanto assistia ao filme de animação'Animal Farm', e à mensagem poderosa que transmite (ou não fosse baseado no livro de George Orwell), pensava no mundo em que nasci e vivi. Na ganância pelo poder, que corrompe, no triunfo momentâneo dos porcos (que mais não são do que capitalistas selvagens), e na famosa frase de que somos todos iguais mas uns são mais iguais do que outros.
Lembrei-me que ouvi, tantas vezes, referências às minhas origens rurais. Era do campo porque nasci numa vila piscatória, não na capital. E isso, pelos vistos, e segundo as cabeças que me apontavam o dedo, fazia a diferença. Não carrego qualquer trauma, pelamordedeus, fui feliz na Ilha, e bem sucedida profissionalmente. Mas não deixo de pensar nestas referências, volta e meia. A cidade é a capital, e o resto é campo. As férias são no Porto Santo ou nas Canárias, e ao fim-de-semana vai-se à espetada e à poncha. Não era para mim suficiente, naquela altura, e nunca foi. Um dia talvez volte de vez, ou talvez nunca volte. Mas isso também não interessa. É tão bom não ter fronteiras, geográficas e mentais!