domingo, 22 de junho de 2008

Bamboleio...bamboleia...

Quando chegámos, o bar/restaurante marroquino ainda funcionava a meio gás. Não era tarde o suficiente. Mas os puffs, as almofadas, as velas, a arquitectura árabe, as bacias de cobre, o escuro, o chá de menta e as empregadas de mesa, com os cintos de moedinhas douradas, transportaram-nos para um cenário das mil e uma noites. Uma mesa de rapazes, onde era a única rapariga. Perdidos no tempo, no espaço e na vida. Um fim de tarde desorientado. Até que chegou a beldade, a bailarina de dança do ventre.

Ao som dos ritmos do deserto, a moça bamboleava, e ia parando aqui e acolá. Por alguma razão, gostou da nossa mesa. Aproximou-se rebolando, deixando os meninos com a língua de fora. Enquando sacudia o ventre, fomos conversando (eu e ela). Paquistanesa. E você? Portuguesa, mas com nome paquistanês. Quando expliquei a moça ficou boquiaberta. Há muitas em Portugal? Nem por isso, mas na ilha onde vivo sim. Há muitas. Conversa puxa conversa, a moça desafiou-me a sacudir o ventre. O bar apoiou a decisão com palmas, que vergonha, que vexame...lol...E assim se constrói uma bela noite!
  • P.S - Por muitos anos que viva, nunca irei esquecer a carinha do D. quando ela rebolava o ventre quase em cima dele. O sorriso comprometido, nervoso e envergonhado...

5 comentários:

  1. Pegou a mão. Agora é gostar de ler. Um manancial de gostos. Uma cornucópia de alegrias.
    bjs

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  2. aiaiai! eu sou louca pra aprender dança do ventre! estou imaginando a cara da pessoa - tem homem que é assim, outros tentam disfarçar olhando de lado, como se isso fosse anular o fato de que estão MESMO olhando...rsssss...

    Beijão querida, boa semana!

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  3. Pena que eu não estava na mesa para vê-lá dançar.

    bjus

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  4. Deve ter sido uma noite inesquecível sim. lol

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  5. Nem só de pão vive o homem. É natural que ficasse boquiaberto com a exuberância.

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