Deixei de pertencer ao grupo, que julgo maioritário, de madeirenses para quem Horácio Bento de Gouveia é o nome de uma escola no Funchal. E em boa hora a curiosidade me levou a querer ler um dos seus romances: o Torna Viagem. Que bem que escrevia este homem, que pena não ter ainda maior projecção, e ser mais lido na ilha e no país, apesar de saber que algumas das suas obras até foram publicadas no estrangeiro, e traduzidas para o alemão, espanhol e italiano.
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Torna Viagem - o romance do emigrante, de Horácio Bento de Gouveia
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
sábado, 25 de setembro de 2021
segunda-feira, 19 de abril de 2021
sábado, 17 de abril de 2021
Tem de ser
sexta-feira, 9 de abril de 2021
Príncipe Philip 1921-2021
O começo de vida do príncipe Philip foi bem dramático. Nasceu no Palácio de Mon Repos, na Ilha de Corfu, e vivenciou todos as convulsões políticas, do início do século XX, que fizeram da Grécia uma República, e atiraram a família real grega para o exílio. Não teve um pai muito presente, a mãe ficou com problemas psiquiátricos e viveu parte da vida numa casa de saúde mental. Quando morre o pai, em 1944, tinha 23 anos e acaba por ser sustentado por um tio. Passou por dificuldades financeiras e até casar com a rainha viveu em colégios privados. Em 1937, esperava a visita a Londres da irmã Cecilie, de quem era muito próximo. A irmã vinha com o marido e dois filhos a um casamento de família. Cecilie estava grávida de oito meses, do terceiro filho, e entrou em trabalho de parto durante o vôo. O avião tentou aterrar na Bélgica com mau tempo, e acabou por se despenhar. Morreram todos. A tragédia marcou o príncipe Philip profundamente. A vida após o casamento com a rainha Isabel II é mais ou menos conhecida. Faleceu hoje aos 99 anos. Que descanse em paz!
quinta-feira, 1 de abril de 2021
Feliz Páscoa
sexta-feira, 26 de março de 2021
quarta-feira, 24 de março de 2021
Confinamento
terça-feira, 23 de março de 2021
O jardim e as raposas
Anda tão desprezado o meu jardim. Mas com o tempo a aquecer, vou começar a meter a mão na terra. Por agora, plantei alecrim e amoras. As raposas não nos têm dado descanso. Fazem visitas diárias e estragam imensa coisa. Vamos lá ver se este ano as tulipas se aguentam.
domingo, 21 de março de 2021
Quando vier a Primavera
Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro