quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Jardim zoológico
Anona
Deste lado do atlântico, não pára de chover. Não está frio (sim comparando com Londres não está mesmo), mas que a chuva não tem dado folga é um facto. Tenho aproveitado para matar saudades de estar em casa e não fazer nada. E tenho comido muitas anonas, que bom. Um fruto exótico tão fácil de encontrar na Madeira, e tão mais barato! Hummmmmmmmmmmmm!!!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Uma aventura
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Saudades
Quando estive em Roma, no início do ano, fiz questão de ir à gelataria 'San Crispino', recomendada pela escritora do livro 'Comer, orar, amar' que tinha acabado de ler. A qualidade do Gelatto é imperial. Contudo, o que mais me marcou foi a música brasileira do espaço, e a senhora que nos serviu. Era enorme, altíssima, como que saída de um livro de aventuras extraordinárias. Era brasileira, da Bahia. Parecia uma daquelas 'mães de santo', que tiram sortes nas praias bahianas, com búzios. Inesquecível (o gellato e a figura).
On the way home...
A caminho de casa, uma senhora com uma idade respeitável sentou-se ao meu lado, no autocarro. Disse-me que estava gelada, e que tinha esperado pelo autocarro 20 minutos. Mas teve um dia fabuloso. Sorri, acrescentei algumas palavras, e fui ouvindo.
Uma típica inglesa (sotaque e look), saiu de casa para almoçar no pub com amigas, bebeu antes, bebeu depois, por lá jantou e conheceu pessoas maravilhosas.
"Há gente muito boa no mundo. Tive um gentleman, com 26 anos, que me veio acompanhar à paragem e ficou até o autocarro chegar. Tenho 82 anos, não acha fantástico?"
Uns minutos passaram, elogiou o meu inglês, perguntou de onde era e o que fazia em Londres. Depois, disse-me mais ou menos assim... "Sabe, nós somos um povo que recebe bem os estrangeiros, e você é muito bem-vinda cá. Ainda bem que gosta de viver aqui, e pessoas como você são sempre muito bem-vindas. As que não são bem-vindas são os parasitas do sistema, que vivem de subsídios do governo, querem casa de borla, não querem trabalhar, ou querem impor as leis do país deles. Tipo, as poligamias, escravizar as mulheres, casar com tantas ao mesmo tempo. Não os quero cá, não são bem-vindos, etc etc etc. Mas você é um doce, e simpática, e fala bem inglês, e trabalha. Seja bem-vinda".
Concordei com tudo, em relação aos estrangeiros, não suporto parasitas e quem muda de país tem de se adaptar. E sobretudo estava lá para a ouvir. Apesar do bafo a álcool, gostei da senhora. Despedimo-nos com votos natalícios!
Uma típica inglesa (sotaque e look), saiu de casa para almoçar no pub com amigas, bebeu antes, bebeu depois, por lá jantou e conheceu pessoas maravilhosas.
"Há gente muito boa no mundo. Tive um gentleman, com 26 anos, que me veio acompanhar à paragem e ficou até o autocarro chegar. Tenho 82 anos, não acha fantástico?"
Uns minutos passaram, elogiou o meu inglês, perguntou de onde era e o que fazia em Londres. Depois, disse-me mais ou menos assim... "Sabe, nós somos um povo que recebe bem os estrangeiros, e você é muito bem-vinda cá. Ainda bem que gosta de viver aqui, e pessoas como você são sempre muito bem-vindas. As que não são bem-vindas são os parasitas do sistema, que vivem de subsídios do governo, querem casa de borla, não querem trabalhar, ou querem impor as leis do país deles. Tipo, as poligamias, escravizar as mulheres, casar com tantas ao mesmo tempo. Não os quero cá, não são bem-vindos, etc etc etc. Mas você é um doce, e simpática, e fala bem inglês, e trabalha. Seja bem-vinda".
Concordei com tudo, em relação aos estrangeiros, não suporto parasitas e quem muda de país tem de se adaptar. E sobretudo estava lá para a ouvir. Apesar do bafo a álcool, gostei da senhora. Despedimo-nos com votos natalícios!
Winter Wonderland
Porque é que se vai para o Hyde Park, às 7 da tarde, quando está a nevar? Porque o jantar de Natal da empresa é num restaurante junto ao lago, e mesmo ao lado da feira.
Quando de lá saí, algumas horas mais tarde, olhei para o cenário como se fosse uma outsider. Saí com um colega indiano, uma americana e outro do Niger. Os meus colegas de trabalho, no Hyde Park, com neve e feira de Natal, após um jantar muito agradável. Fiquei a pensar nisto tudo e senti-me, uma vez mais, afortunada. As oportunidades que este país me tem dado, a sensação de alegria por seguir o meu sonho, e aprender - todos os dias - com gente e sobre gente de todos os cantos do mundo. Feliz Natal!!!
Quando de lá saí, algumas horas mais tarde, olhei para o cenário como se fosse uma outsider. Saí com um colega indiano, uma americana e outro do Niger. Os meus colegas de trabalho, no Hyde Park, com neve e feira de Natal, após um jantar muito agradável. Fiquei a pensar nisto tudo e senti-me, uma vez mais, afortunada. As oportunidades que este país me tem dado, a sensação de alegria por seguir o meu sonho, e aprender - todos os dias - com gente e sobre gente de todos os cantos do mundo. Feliz Natal!!!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Home sweet home
Frio frio frio
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Weekend plans!
E apesar de ter ouvido que vem ai um frio de rachar, estou super excitada com os planos de fim-de-semana. Vou para fora ca dentro, explorar um condado onde viveu, cresceu e celebrizou-se uma das minhas escritoras favoritas. Vou perder-me no countryside ingles. Portanto, faca chuva ou faca sol estes sao os planos. E hoje a noite ha jantarada de aniversario. Que venha o fim-de-semana!!!!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Enid Blyton (1897-1968)
À sexta-feira, a noite comecava com um mistério. Podia ler noite dentro os livros que tinha ido buscar à biblioteca da escola secundária de Machico, ou à biblioteca ambulante. A carrinha branca da Gulbenkian foi, durante anos, a única possibilidade das crianças da minha terra terem acesso a literatura. Parava no centro da freguesia, em frente à Igreja Velha.
Falamos dos anos 80, de uma vila rural numa Madeira atrasada. O truque era ir cedo ao carro, senão os melhores livros já teriam 'voado'. Os melhores, segundo os miúdos da minha idade, eram os com mais ilustrações. Pelo que nunca me sentia sem sorte, ou que tivesse que correr para os apanhar. Eram poucos os que agarravam nos livros quase sem imagens, e a Enid Blyton nunca colocou muitas imagens nas séries dos 'Cinco' e dos 'Sete'.
Agarrava dois, ia a correr para casa, e no sábado, pela hora de almoço, já tinha acabado o primeiro. As crianças inglesas, pensava eu no alto dos 10 anos, tinham hábitos diferentes, comiam umas sandes esquisitas e viviam aventuras com as quais só podia sonhar.
As séries dos 'Cinco' e dos 'Sete' foram muito importantes durante a minha infância. Determinaram, desde cedo, a minha preferência pelas letras, pela aventura e pelas viagens. A partir daí, nunca mais parei. Dei voltas ao mundo sentada no sofá, imaginava as caves escuras, as ilhas desertas com bandidos e mistérios por resolver.
Foi por isso que não hesitei em comprar a biografia da Enid Blyton, recentemente. Queria saber mais sobre esta mulher que me fez tão feliz, e foi extraordinário o que aprendi.
Enid Blyton nasceu em 1897, no sul de Londres, no seio de uma família de classe média-alta. O pai adorava música, teatro e cinema, e sempre a levou a ver espectáculos. Era a mais velha de três, e a única rapariga.
Os pais separaram-se quando tinha cerca de 10 anos, e isso afectou-a para o resto da vida. Sempre teve uma relação difícil com a mãe, e não tinha vocação para dona de casa, o que criava imensos conflitos entre ambas. De tal modo que, a partir dos 18 anos, quando decidiu fazer um curso para se tornar professora do ensino básico, nunca mais voltou a ver a mãe, e raramente viu os irmãos. Desligou-se desse mundo e criou o seu próprio mundo.
Foi uma professora bem sucedida e começou a escrever. Escrevia um livro por semana, entre 4 a 5 mil palavras por dia. E fê-lo durante toda a sua vida. Casou por duas vezes, teve duas filhas, era feliz no seu mundo de criação infantil, talvez porque sempre teve uma mentalidade de criança. Publicou enciclopédias, livros de história natural, aventuras para todas as idades e até escreveu as histórias do famoso Noddy.
Não sabia que teve uma produção literária com enorme dimensão, porque na minha Madeira(dos tais anos 80) só tive acesso às aventuras dos famosos 'Cinco' e 'Sete'. Blyton era, por vezes, uma mulher difícil, seguia apenas o que acreditava resultar e ser verdade. Não desculpava falhas, não mencionava a família (visto que o pai faleceu nos anos 20, e era a pessoa mais próxima dela), e manteve-se no seu mundo até falecer, em 1968. Teve uma carreira de inúmeros sucessos e é das escritoras mais lidas em todo o mundo. A biografia foi escrita por Barbara Stoney, poucos anos depois de morrer a escritora, com autorização da filha mais velha de Enid Blyton. Recomendo vivamente!
Falamos dos anos 80, de uma vila rural numa Madeira atrasada. O truque era ir cedo ao carro, senão os melhores livros já teriam 'voado'. Os melhores, segundo os miúdos da minha idade, eram os com mais ilustrações. Pelo que nunca me sentia sem sorte, ou que tivesse que correr para os apanhar. Eram poucos os que agarravam nos livros quase sem imagens, e a Enid Blyton nunca colocou muitas imagens nas séries dos 'Cinco' e dos 'Sete'.
Agarrava dois, ia a correr para casa, e no sábado, pela hora de almoço, já tinha acabado o primeiro. As crianças inglesas, pensava eu no alto dos 10 anos, tinham hábitos diferentes, comiam umas sandes esquisitas e viviam aventuras com as quais só podia sonhar.
As séries dos 'Cinco' e dos 'Sete' foram muito importantes durante a minha infância. Determinaram, desde cedo, a minha preferência pelas letras, pela aventura e pelas viagens. A partir daí, nunca mais parei. Dei voltas ao mundo sentada no sofá, imaginava as caves escuras, as ilhas desertas com bandidos e mistérios por resolver.
Foi por isso que não hesitei em comprar a biografia da Enid Blyton, recentemente. Queria saber mais sobre esta mulher que me fez tão feliz, e foi extraordinário o que aprendi.
Enid Blyton nasceu em 1897, no sul de Londres, no seio de uma família de classe média-alta. O pai adorava música, teatro e cinema, e sempre a levou a ver espectáculos. Era a mais velha de três, e a única rapariga.
Os pais separaram-se quando tinha cerca de 10 anos, e isso afectou-a para o resto da vida. Sempre teve uma relação difícil com a mãe, e não tinha vocação para dona de casa, o que criava imensos conflitos entre ambas. De tal modo que, a partir dos 18 anos, quando decidiu fazer um curso para se tornar professora do ensino básico, nunca mais voltou a ver a mãe, e raramente viu os irmãos. Desligou-se desse mundo e criou o seu próprio mundo.
Foi uma professora bem sucedida e começou a escrever. Escrevia um livro por semana, entre 4 a 5 mil palavras por dia. E fê-lo durante toda a sua vida. Casou por duas vezes, teve duas filhas, era feliz no seu mundo de criação infantil, talvez porque sempre teve uma mentalidade de criança. Publicou enciclopédias, livros de história natural, aventuras para todas as idades e até escreveu as histórias do famoso Noddy.
Não sabia que teve uma produção literária com enorme dimensão, porque na minha Madeira(dos tais anos 80) só tive acesso às aventuras dos famosos 'Cinco' e 'Sete'. Blyton era, por vezes, uma mulher difícil, seguia apenas o que acreditava resultar e ser verdade. Não desculpava falhas, não mencionava a família (visto que o pai faleceu nos anos 20, e era a pessoa mais próxima dela), e manteve-se no seu mundo até falecer, em 1968. Teve uma carreira de inúmeros sucessos e é das escritoras mais lidas em todo o mundo. A biografia foi escrita por Barbara Stoney, poucos anos depois de morrer a escritora, com autorização da filha mais velha de Enid Blyton. Recomendo vivamente!
domingo, 6 de dezembro de 2009
Oh Gouuuuuchaaaaa!
A minha amiga N., que sempre primou pelo bom gosto, discrição e elegância, foi recentemente a Veneza com o companheiro. Imagino a beleza do cenário (acho que também lá vou em breve), ela pôs-se a descrever as paisagens cinematográficas, os canais, os edifícios históricos, aquelas coisas todas lindas que fazem de Veneza a cidade mais visitada do mundo.
Quando atravessavam o canal, num dos barcos/táxi, viram uma limousine/barco a passar, com um casal apenas. A minha amiga comentou a passagem da limousine com o companheiro, e ele - que olhava atentamente - acrescentou "é o Goucha". Quem, o Manuel Luís Goucha?(perguntou ela).
"Sim", disse ele.
Então ela, no seu barco carregado de turistas, no meio do mar de Veneza, misturado com o barulho dos motores dos respectivos barcos, pôs-se a gritar: Gouchaaaaaaaaaaa, Gouchaaaaaaaaaaaaaa. Oh Gouuuuuuuuuuuuuuuuuuuchaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, Oh Gouuuuuuuuuuuuuuuuuuuchaaaaaaaaaaaaaaa!!!
Seguiu-se uma troca de palavras entre ambos (tipo olá, está de férias etc), e cada um foi à sua vida... Eu já morri a rir com esta história. Imaginar a N., com o seu ar elegante, a perder a compostura e a gritaaaaaaaar...
Quando atravessavam o canal, num dos barcos/táxi, viram uma limousine/barco a passar, com um casal apenas. A minha amiga comentou a passagem da limousine com o companheiro, e ele - que olhava atentamente - acrescentou "é o Goucha". Quem, o Manuel Luís Goucha?(perguntou ela).
"Sim", disse ele.
Então ela, no seu barco carregado de turistas, no meio do mar de Veneza, misturado com o barulho dos motores dos respectivos barcos, pôs-se a gritar: Gouchaaaaaaaaaaa, Gouchaaaaaaaaaaaaaa. Oh Gouuuuuuuuuuuuuuuuuuuchaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, Oh Gouuuuuuuuuuuuuuuuuuuchaaaaaaaaaaaaaaa!!!
Seguiu-se uma troca de palavras entre ambos (tipo olá, está de férias etc), e cada um foi à sua vida... Eu já morri a rir com esta história. Imaginar a N., com o seu ar elegante, a perder a compostura e a gritaaaaaaaar...
sábado, 5 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Dois mundos...
Ontem, enquanto ouvia os discursos dos VIPs da Uniao Europeia sobre a entrada em vigor do tratado de Lisboa, reflecti. Muito orgulho, muita alegria, muitos objectivos e muita pujanca. Congratulo Portugal pelo sucesso, sem duvida, mas pensava no outro lado. Nos portugueses que estao sem emprego, sem dinheiro para pagar contas, a beira de perder o emprego, que nao se reveem nestes discursos, nesta pompa e cirscunstancia, e que olham para os decisores sem apego, sem saber o seu rumo. Poderao haver mundos mais distantes?
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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