domingo, 19 de junho de 2011

De Portugal e dos meus suspiros


Tenho lido muitos textos que abordam a realidade portuguesa, a entrada do FMI e o suposto 'gozo' que certas pessoas têm em falar das desgraças e dos resultados nada positivos, em termos de crescimento económico e desemprego. Não acredito que haja portugueses que tenham gozo em ver o país bater no fundo. Temos que aprender com os erros, tirar ilações sobre a governação e definir estratégias para seguir em frente.

Portugal não é o Sócrates, nem o Cavaco, nem o Alberto João Jardim, nem o Passos Coelho. O país é tão meu quanto deles. O que podemos é esclarecer a opinião pública, denunciar as mentiras, negociatas e lobbys, informar a população para que possam melhor escolher.

Custa ver que a factura descapitaliza quem está já delapidado, que se paga demasiado aos gestores públicos, e que cortar salários a quem já não ganha muito (somos a maioria senhores) vai ter consequências muito piores. Quem vive com tostões não pode gastar milhões. Senhores decisores: cortem a direito nos que ganham milhões, mandem metade dos funcionários públicos (os que nada fazem) para o olho da rua, regulamentem o sector bancário, não usem a política para servir as vossas empresas, e as do primo e as do tio. Não comprem os carros de luxo que o país não pode pagar, nem se ponham a viajar em primeira classe porque quem vos paga o luxo não pode ir de férias. Aprendam a gerir o país como uma dona de casa gere o seu orçamento. Deixem de ter políticas obesas numa país que sobrevive com pele e osso. 

A senhora Merkel e o FMI um dia perdem a paciência e com razão. Quem paga tem de exigir!

2 comentários:

  1. Concordo contigo...mas aquilo que vemos não é e não será seguramente nunca isso.
    Reparaste os ministros convidados?! "Jobs for the boys"...já nem sei o que pensar. Creio que a fatura será sempre paga pelos mesmos...sempre.. :(

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  2. Feliz: em relacao ao novo governo vou dar o beneficio da duvida. Beijinhos

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