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Um casamento envolto em mistério... Como surge um matrimónio entre reinos tão longínquos como Portugal e Dinamarca? Conta-se que Valdemar, quando ainda desconhecia que o futuro lhe reservava o trono, passou por aqui integrado numa cruzada e ajudou Sancho I a conquistar Silves. A sua bela filha Berengária ainda não nascera, mas o dinamarquês não se terá esquecido por onde andou, portanto, quando enviuvou, aos 44 anos, e lhe falaram nesta hipótese, não a desprezou.
Atendendo à situação europeia, o mínimo que se pode pensar é que se juntou o útil ao agradável e que, quando se trata de política, as distâncias não importam. O rei francês pretendia que a Flandres lhe devolvesse umas terras e, ao separar-se da mulher, deixou de contar com o apoio do cunhado, o já rei Valdemar, deixando o ‘dono’ do condado mais tranquilo. Só que, ao fim de dez anos, Filipe Augusto II ‘reconciliou-se’ e Fernando, um dos 15 filhos dos segundos reis de Portugal, por casamento conde da Flandres, arranjou maneira de dar a volta à situação.
Valdemar, apesar de ter um filho, precisava de mais herdeiros. Berengária é irmã de um conde poderoso e filha de um dos reis mais ricos da Europa, se sair à mãe tem uma ótima capacidade de procriação...
E a portuguesa rumou longe para ser rainha. A boda deu-se em maio de 1214, em Ripen. Dois meses depois, Fernando e os aliados invadiram a França com o intuito de a dividir entre si. A investida falhou, o conde foi preso. Permanecerá 13 anos na cadeia em Paris, mais do que aqueles que a irmã viverá no reino da Dinamarca.
In Revista Unica, Abril 2011
Esta parte do texto é para só baralhar o FMI e a srª Angel Merkel.
ResponderEliminarBom fim-de-semana
Maravilha!...
ResponderEliminarParece os trabalhos dos putos da escola feitos em copy paste...
:)