Then...

I realized they were all looking for a man they could live with. While I was looking for someone I could not live without...

Treta

Confesso que já não tenho pachorra para os e-mails de africanos, e mulherzinhas pelos vistos britânicas, que dizem estar a escrever da cama do hospital, onde estão quase a virar o canelo, e têm não sei quantos milhões no banco que querem partilhar comigo. Também não há a mínima pachorra para os e-mails de brasileiras que se dizem minhas amigas, e estão a mandar as fotos do evento x (sempre em épocas de grandes festividades) que mostram o casal tal em poses muito pornográficas ou escandalosas e tal e tal. É nestas horas que agradeço as variações tropicais do português, e rejeito qualquer acordo ortográfico. É só mandar tudo para o lixo, electrónico of course. Minhas senhoras e meus senhores, se não têm mais nada que fazer cortem os pulsos. Ok? Eu agradeço!

Food and friends: haverá melhor combinação?

Adoro receber amigos e cozinhar para eles. Faço-o com frequência. Não há nada melhor que a sensação de fim-de-semana, a preparação de um jantar para pessoas queridas, e as conversas que giram feitas carrosel, acompanhadas de uma boa refeição e de um bom vinho. Pequenos prazeres que não custam muito e valem milhões. Fica difícil é quando um dos amigos não pode comer de tudo, ou tem limitações. Tenho aprendido a ser mais criativa nos últimos tempos. Uma das minhas amigas é alergica a productos lácteos. Só agora, que tenho de cozinhar para ela, é que me apercebo que quase todos os produtos têm manteiga, ou leite. Fico mesmo a pensar se nós - os sem restrições - não andaremos a consumir demasiados productos com derivados do leite. É impressionante. Agora, vou inventar/adaptar uma sobremesa, porque essa é sempre a parte mais difícil. Mas faço-o com muito gosto.

Bolonha

E porque, segundo os amigos, umas frases curtas nao chegam para sumarizar o fim-de-semana (va’, manda relato, quero saber mais, manda um texto daqueles etc etc.), ca’ fica a minha impressao de Bolonha.

Bolonha: a gorda, a sabia e a vermelha. E’ assim que alguns guias de viagem a descrevem, simplificando as doutas maravilhas desta cidade no norte de Italia. Apelativos (ou aperitivos se preferirem) antes de partir: tem a universidade mais antiga do mundo ocidental - afinal andamos a ‘levar’ com o processo de Bolonha – e’ a regiao de Italia que funciona (esta e’ a minha quarta visita ao pais, e Italia e’ pior que Portugal em termos de (des)organizacao), e’ o sitio de Italia onde melhor se come. Vermelha porque essa e’ a cor que se destaca nos edificios, e nas contemplacoes panoramicas da cidade, e pelo passado comunista tambem.

Isto basta, ou nao?

Pois bem meus amigos. Bolonha e’ grande o suficiente para tres dias parecerem pouco, e’ realmente organizada, quase nao tem turistas, e vi mais botas, sapatos e malas giras nestes 3 dias que em 6 anos (sim vai fazer 6) de Londres.

A comida e’ muito autentica e boa, os precos sao de Bolonhes e nao de turista, e’ uma das cidades medievais mais bem preservadas do Mundo, e’ tambem a segunda maior. A primeira e’ Veneza.

Ainda pensei dar um pulo a Veneza, pois tinham dito que Bolonha era pequenina e nao havia nada para ver e fazer, mas felizmente isso e’ tudo cantiga sem cordas... Veneza fica para a proxima que Bolonha deve ser visitada com olhos de ver, e dando o tempo e a importancia que merece.

Cheguei na sexta-feira de manha, fiz o check-in no hotel e fui maravilhar-me. Primeiro pelo bucho, que entretanto era ja’ hora de almoco. Comi dois pratos deliciosos (um de massa, outro de bifes). O habito italiano e’ de haver primeiro e segundo prato, mas o primeiro e’ uma dose mais modesta. Felizmente, para se ver bem a cidade temos que andar muito, muito mesmo. E assim, as calorias ingeridas foram sendo gastas. A cidade e’ bastante plana e de facil orientacao.

Na minha modesta opiniao, Bolonha esta muito subvalorizada. Mas, por um lado, ainda bem que assim e’. Nao se encontram as multidoes de turistas, esta’ cheia da sua propria gente, elegante e bem vestida, e tem um movimento nocturno bastante interessante.

Tambem tem gelatarias de cair para o lado, o cafe e’ aromatico e sempre acompanhado de agua num copo pequeno (achei tao giro), as casas de pizza ‘a fatia, para comprar e andar, sao maravilhosas. Ha’ tambem arte, cultura, museus e muitas galerias.

Os bolonheses levam a cultura do estomago muito a serio. Isso ve-se na organizacao das montras das lojas gourmet, restaurantes e padarias/pastelarias.

A Piazza Magiore e o centro historico sao optimos pontos de partida para descobrir a cidade. A Basilica de San Petronio fica na praca, assim como o Palacio Communale, que tem uma exposicao de arte e esculturas renascentistas espectaculares. Tinha la’ ido para visitor o Museu Morandi, o pintor contemporaneo mais famoso de Bolonha, mas sinceramente nao gostei. Nao aprecio quadros de natureza morta. Mas, felizmente, o mesmo palacio alberga o museu da cidade e esse, sim, e’ um regalo para a vista. Voltando atras, a Basilica de San Petronio e’ muito bonita e imponente, uma das maiores do mundo.

Depois, tambem merecem ser visitadas as Duas Torres. No topo da mais alta da’ para ver toda a cidade, e tirar muito boas fotografias. Acreditam que fui aos museus e atraccoes principais e sao todos de graca?!!!. Incrivel... O unico sitio onde paguei foi para subir as torres. Tres euros...

Para alem destas sugestoes, a menina dos olhos de ouro de Bolonha e’ o genero de ‘peregrinacao’ ‘a Igreja de Sao Lucas. Fica no sope’ da cidade, a olhar de cima (qual deusa). Para la’ chegar, temos de atravessar a maior extensao de abobadas do mundo. Primeiro, apanha-se autocarro ate’ as ‘portas’ da cidade e a partir dai’, para quem quiser claro, faz-se o percurso a pe’. Sao mais de 3.5 km a subir, que se faz em cerca de 45 minutos. Sua-se um bocadinho mas vale muito muito a pena. O edificio e’ majestoso e a sensacao de subir aquela cordilheira de abobadas tambem.

Resumindo: comida optima, precos muito atractivos, lojas gourmet, de malas, sapatos e roupa linda, museus, gente gira elegante e bem vestida, bares nocturnos interessantes, cultura, etc etc. O unico senao e’ que estava horrorosamente frio, ficava sempre com dores nos ossos ao final do dia. Mas ao menos nao choveu. Ainda querem mais??? Apanhem o aviao!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

(Desculpem a falta de acentos, English keyboard)

Ciaoooooooooooooooo...

O concerto...

Fui convidada para o concerto da Mariza por duas amigas. Uma francesa e a outra inglesa. Nenhuma tinha ouvido fado antes. As duas sairam afectadas e impressionadas. O concerto - como era de esperar - foi muito bom. Com muitos portugueses e ingleses na plateia, e tambem com gente do resto do mundo. Qual deusa lusitana...

Esta noite ha concerto...

Digam lá se não tenho razões para ser uma mãe babada...

Impressionante

18.000 homens numa foto tirada em 1918!

O barulho da carroça

Certa manhã, o meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Depois de um pequeno silêncio perguntou:

Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

- Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo, disse o meu pai, é uma carroça vazia ....

Perguntei ao meu pai:

Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

Ora, respondeu o meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar),tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo, e querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...

Até breve!

Entretanto, vou passar aqui o fim-de-semana. See you soon!

Tosse, alergias...

Tosse, alergias, tosse, alergias, muito sono e adormecer nem por isso. Tem sido assim nos últimos dias...

Oh, nooooo!!!

A minha colecção de brincos anda pelas ruas da amargura (qual instituição casamento). Tenho imensos pares descasados... Na vida, tal como nas orelhas, o casamento revela-se um estado complicado...Snifff snifff...

Às vezes, só às vezes...

Há pessoas da minha família (não muito chegadas) que vejo de Natal a Natal. Aproveitamos para colocar a conversa em dia, e saber das últimas novidades. Este Natal estava a falar com a esposa dum primo e perguntei como ia o trabalho, se ainda estava no mesmo sítio etc.
Ela disse que sim, que está há x anos (uns 10 pelo menos), que não gosta de mudanças, prefere a estabilidade, e por isso continua no mesmo sítio. Tive uma pontinha de inveja, confesso. Não pelo emprego, mas por ela ser feliz e não sentir necessidade de mudar.
Às vezes queria ser assim: feliz 10 anos no mesmo lugar (ou 20, ou 30), viver a vida toda na mesma cidade/país/aldeia, não precisar do chocalho da vida, de desafios, de começar tudo de novo, de mandar tudo ao ar. Queria ser estável, e pensar menos, mas não sou assim. E se contrariasse o meu ser, e respirar, seria profundamente infeliz. Por isso, o melhor mesmo é aceitar o que sou... Às vezes, só às vezes, queria não querer mais...

Berries mask

Um post de gajas, que também é preciso. Descobri esta máscara numa revista feminina, recentemente, que parece ser um 'must'. Poderosa, e 'potentosa', cheia de anti-oxidantes. A marca Neal's Yard é muito boa, tudo produtos orgânicos. Ontem entrei numa das lojas e o funcionário (um querido com um toquezinho gay) veio explicar (timtim por timtim) as características da nova máscara. Até me disse que tinha provado a máscara (comeu um pouco sim) porque cheirava tão bem... Assim que acabar a minha de milho azul,vou-me lambusar com frutos silvestres. Ai se vou!

Port-au-Prince

Sem querer parecer 'mete nojo', alguém pode ensinar a Clara de Sousa a dizer bem a capital do Haiti: 'Port-au-Prince'? É que cada vez que ela diz o nome parece estar antes a mandar um palavrão. E depois teve de o repetir, hoje, vezes sem conta...LOL

Weekend mood...

Jude and Sienna

O DN-Lisboa trazia nas últimas páginas há uns dias (aquelas a que dedica às artes, média etc.) um pequeno artigo em que dizia que o Jude Law passou o natal com a ex-mulher, Sienna Miller, e com os filhos de ambos nas Caraíbas. O casal tem vindo a ficar mais próximo, lia-se, e dizem que se encontram por causa dos filhos... Eu não sou (nem de longe) a pessoa mais bem informada sobre as estrelas, mas tanta mentira junta num jornal de referência...
Primeiro: nunca foram casados, segundo nunca tiveram filhos juntos. Foram namorados, separaram-se porque ele foi infiel, e agora pelos vistos estão novamente juntos. Ele já foi casado, e teve filhos, com outra mulher. Acho triste que quem escreve possa não estar informado, até porque são pagos para estar informados. Com a chegada da Internet e dos blogues, exige-se mais da imprensa escrita. Lamentável...

Fuchsia/Laranja

Gosto muito de Fuchsia e de laranja. São cores que me dão energia e vida, porque uso demasiado preto. Parece-me que é uma tendência de moda, esta estaçao, usar ambas as cores em conjunto, em duas peças. Separado gosto muito, juntas não gosto. Mas claro, gostos não se discutem.

Fancy a bike ride?

Pedro Passos Coelho foi notícia por, numa viagem de trabalho a Madrid, ter usado o metro para se deslocar em vez do carro com motorista, ou táxi. Isto é notícia? É prática corrente, nos países ricos, os políticos apanharem transportes públicos. O presidente da câmara municipal de Londres, Boris Johnson, vai de metro ou de bicicleta. O que se considera ser o mais provável futuro primeiro-ministro britânico, David Cameron, (que mais rico e aristocrata não pode ser) vai de bicicleta. Nos países nórdicos (Suécia, Finlândia e Noruega) é prática corrente. Em Portugal, um país cheio de dinheiro, é que é preciso motorista e carro de alta cilindrada para tudo o que é ministro, até secretários regionais na Madeira. E assim andamos nesta mentira colectiva.

Shakira

Gosto de ver a Shakira dançar. Acho-a muito sensual. Gosto de algumas músicas e videoclips. Mas confesso que o último (in)sucesso ficou muito aquém do que esperava. Acho a música repetitiva, nada de novo nem em termos de dança... Por isso, ontem, não fiquei admirada quando vi o cd em saldos (a tal música da loba). Uma bagatela, mas não para mim!

Eating puddings is a tough job...

but someone has to do it! (joke of the day)

Garfield

Tinha sido avisada que o filme era mau. E não vou dizer que é bom. Mas não sei se foi porque passei as férias de Natal, e fim-de-ano, a brincar e a observar o comportamento do meu cão, e do meu gato, achei a película engraçada, e fartei-me de rir com as diabruras de ambos! Quando não se quer pensar, é o ideal!

I was wrong!

Eu que pensei que a neve já tinha acabado, e que agora só tinha que levar com frio, mas menos frio...Abro a porta, de manhã, e voilá... Um manto branco, e queda de neve. Oh God, o Natal já passou, certo? Estes cenários natalícios estão um pouco desactualizados...Ainda se a cidade funcionasse com neve...

Porque com este tempo...

É só o que apetece...

Segue-se

Uma bebida quente, para ajudar!

Auchhh...

Frio e dores de barriga ao mesmo tempo nao... Ninguem merece!!!

Sensacional!

Realidade virtual

Como li algures por estes dias, todos ficaram chocados com a morte de Casey Johnson, a herdeira do império Johnson. Os amigos vieram para o facebook e twitter prestar homenagem, endereçar palavras de amor e carinho, e divagar sobre a usa atribulada existência. É reconfortante sentir o carinho e a proximidade dos que gostam de nós, mas o facto é que a jovem só foi encontrada em casa 3 dias depois de morta. Somos todos muito amigos, muito próximos, mas somos também reais e de carne e osso. Não virtuais. Para reflectir...

Lesbian square

A área de balneários do meu ginásio é bastante grande. Tinha de ser, porque o espaço do ginásio também é enorme. Gosto do ambiente, quando lá entro esqueço o mundo real. Um dia destes, quando estava a sair do chuveiro, reparei que mesmo em frente existem cacifos e espaço para trocar de roupa. Nunca tinha reparado, sou extremamente distraída quando estou no ginásio, ou a ler nos transportes. O mundo pode desabar que não noto.
Ora, após ter visto aquela maravilha, pensei que na próxima ida ao ginásio era ali que iria trocar de roupa, pois fica mesmo ao pé dos chuveiros e não tenho de atravessar, molhada, para a outra zona de cacifos.
No dia seguinte assim fiz. Sentei-me, começei a trocar de roupa e reparei que a senhora que estava à minha frente tinha um aspecto gay. Pensei com os meus botões e esqueci o assunto no minuto seguinte.
No dia seguinte, fui outra vez para o cantinho maravilha (pensava eu) e reparei que a cada peça de roupa que tirava, para vestir o fato de treino, era observada ao milímetro por uma outra figura que lá estava... Tentei mudar de roupa o mais rapidamente possível, fui fazer exercício e uma hora mais tarde, quando me preparava para ir tomar duche, lá estava ela novamente, sentada, a mexer na mala que tinha, e a observar todos os meus movimentos.
Tinha um ar masculino, vestia uma blusa que mais parecia uma camisa. Fazia-me lembrar uma professora primária dos anos 80 (com todo o respeito que tenho pelas professoras primárias), sem um pingo de feminilidade e com todos os vincos nas calças e blusas possíveis, para além dos oculinhos e do cabelo branco por pintar. A fixação era tanta que, quando ia meter-me no duche, ela perguntou se eu era da Bélgica. Isto porque na minha t-shirt dizia Bruges. Não, não sou da Bélgica, respondi secamente, sem dar mais explicações.
Demorei imenso no chuveiro, para que ela fosse embora, e felizmente já lá não estava quando saí. Foi aí que percebi que aquele só podia ser o 'Canto das Lésbicas'. Faz todo o sentido. Fica perto dos chuveiros, a mulherada já para lá vai nua, e é um bom sítio para olhar, tirar medidas e fantasiar...
Obviamente que não voltei ao 'Canto das Lésbicas'. É que, com a sedução masculina posso eu bem, ou estou mais habituada. Mas quando a sedução vem de mulheres fico toda encavacada, metida para dentro, com vontade de fugir!!!

Adoro!!

As lojas Muji são um regalo para a vista. O design, as soluções nipónicas, a luz, a simplicidade, o conforto. Os caderninhos, as canetas de todas as cores, os artigos para o lar... Raramente compro - é um facto - mas sempre que posso entro, toco e observo.

Snow

E, de repente, começou a nevar. Bolinhas de esferovite, é o que parecem...

A dificuldade está no tamanho...

Quanto mais leio sobre o Brasil, mais tenho a certeza que quando lá for (não faço ideia quando) quero visitar os sítios de que ninguém fala. Ou de onde se ouve menos. Não quero ir para São Paulo, ou Rio, ou cidades turísticas. Quero explorar o interior, os estados de que ninguém fala, sentir o pulsar da autenticidade. Vai levar tempo a preparar a rota, mas vai ser como eu quero!

Trapalhada Aérea Portuguesa

Não sinto qualquer orgulho em escrever o que estou a escrever, sinto sim tristeza. Viagem após viagem confirmo que TAP (como li algures) significa Trapalhada Aérea Portuguesa. O espelho de um país onde não se respeitam os consumidores, e muito menos são vistos como clientes a quem devemos agradar.
Tenho voado na TAP a vida inteira. Desde a altura em que não tinha alternativa(monopólio para as ilhas). Mas hoje só opto por voar na TAP se não tiver opção.
Lembro-me de fazer a minha primeira grande viagem na TAP para Nova Iorque (a primeira viagem transatlântica, que domésticas já tinha feito muitas). Tinha 16 anos, foi há uns bons aninhos. Estive duas horas trancada dentro do avião, antes de descolar de Lisboa. "Agradável", sobretudo quando se sabe que temos mais oito horas de vôo pela frente.
E o que me entristece é que nada mudou desde esta viagem nos anos 90. Não me lembro da TAP sair a horas uma única vez. No domingo, atrasou uma hora na Madeira, era suposto sair de Lisboa às 4. Mudaram para as 4:30, mudaram para as 4:50, às 4:50 estávamos a entrar no avião, às 5:15 continuam pessoas a entrar e, na minha opinião, desde o momento em que a hora final foi ultrapassada, estamos dentro do avião e não descolamos, o passageiro/cliente tem o direito a um pedido de desculpas, que devia ter vindo às 4:50. Mas não, primeiro descola-se, depois ganha-se estabilidade na rota e às 6:30 da tarde dá tempo de pedir desculpa pelo atraso. São os eternos problemas técnicos e chegadas tardias do avião.
Já não estou habituada a este tipo de tratamento, a esta falta de educação e de respeito. Atrasos e maus servicos acontecem a todos, mas a atitude da empresa é que faz a diferença. Nenhuma empresa pode ser eternamente má, estar eternamente atrasada. Trapalhada Aérea Nacional só mesmo quando não tiver opção. Enquanto tiver, gasto o meu dinheiro noutras companhias que me oferecem melhores serviços e preços.
Por outro lado, os serviços do aeroporto também funcionam lindamente. Chega-se a Lisboa às 13:30, o próximo vôo sai às 16:30. Já se fez o check-in e controle de passaportes (porque a viagem saiu do Funchal), mas o único espaço onde podemos estar é na minúscula área de embarque, onde existem umas máquinas com gelados e sandes. Estamos a 15 metros da grande área de restaurantes/lojas mas temos que fazer de conta que aquilo é uma miragem, porque não podemos passar para essa área. E estou a falar da zona de embarque, onde toda a gente já passou pela segurança.
Se quisermos fazer compras ou almoçar temos que voltar a sair, passamos novamente pela segurança, e 45 minutos depois estamos nos restaurantes (aqueles que estavam a 15 metros de nós).
Eu que devia usar o meu rico tempo livre de espera para torrar dinheiro no meu país, fazer compras, comer e beber e ajudar a economia, tenho de passar pela segurança e controle de passaportes duas vezes, porque ainda não arranjaram solução (disse-me embaraçada uma funcionária da TAP).
Serei eu a esquisitinha, queixosa, cliente chata? Estarei louca ou tenho um niquinho, um dedinho de razão?

Prioridades

Não é que tenha alguma coisa contra o casamento homossexual, absolutamente nada contra, mas isso é uma prioridade para o país? É uma prioridade do país? Porque razão não falam de outra coisa ultimamente? De onde estão a desviar as atenções?

Porque razao sinto que estou na Siberia?

Ontem tirei as luvas por uns minutos, para poder abrir a porta do predio e entrar em casa, e as minhas maos ferviam. Vermelhas, doloridas, mas que gelo...