Bolonha

E porque, segundo os amigos, umas frases curtas nao chegam para sumarizar o fim-de-semana (va’, manda relato, quero saber mais, manda um texto daqueles etc etc.), ca’ fica a minha impressao de Bolonha.

Bolonha: a gorda, a sabia e a vermelha. E’ assim que alguns guias de viagem a descrevem, simplificando as doutas maravilhas desta cidade no norte de Italia. Apelativos (ou aperitivos se preferirem) antes de partir: tem a universidade mais antiga do mundo ocidental - afinal andamos a ‘levar’ com o processo de Bolonha – e’ a regiao de Italia que funciona (esta e’ a minha quarta visita ao pais, e Italia e’ pior que Portugal em termos de (des)organizacao), e’ o sitio de Italia onde melhor se come. Vermelha porque essa e’ a cor que se destaca nos edificios, e nas contemplacoes panoramicas da cidade, e pelo passado comunista tambem.

Isto basta, ou nao?

Pois bem meus amigos. Bolonha e’ grande o suficiente para tres dias parecerem pouco, e’ realmente organizada, quase nao tem turistas, e vi mais botas, sapatos e malas giras nestes 3 dias que em 6 anos (sim vai fazer 6) de Londres.

A comida e’ muito autentica e boa, os precos sao de Bolonhes e nao de turista, e’ uma das cidades medievais mais bem preservadas do Mundo, e’ tambem a segunda maior. A primeira e’ Veneza.

Ainda pensei dar um pulo a Veneza, pois tinham dito que Bolonha era pequenina e nao havia nada para ver e fazer, mas felizmente isso e’ tudo cantiga sem cordas... Veneza fica para a proxima que Bolonha deve ser visitada com olhos de ver, e dando o tempo e a importancia que merece.

Cheguei na sexta-feira de manha, fiz o check-in no hotel e fui maravilhar-me. Primeiro pelo bucho, que entretanto era ja’ hora de almoco. Comi dois pratos deliciosos (um de massa, outro de bifes). O habito italiano e’ de haver primeiro e segundo prato, mas o primeiro e’ uma dose mais modesta. Felizmente, para se ver bem a cidade temos que andar muito, muito mesmo. E assim, as calorias ingeridas foram sendo gastas. A cidade e’ bastante plana e de facil orientacao.

Na minha modesta opiniao, Bolonha esta muito subvalorizada. Mas, por um lado, ainda bem que assim e’. Nao se encontram as multidoes de turistas, esta’ cheia da sua propria gente, elegante e bem vestida, e tem um movimento nocturno bastante interessante.

Tambem tem gelatarias de cair para o lado, o cafe e’ aromatico e sempre acompanhado de agua num copo pequeno (achei tao giro), as casas de pizza ‘a fatia, para comprar e andar, sao maravilhosas. Ha’ tambem arte, cultura, museus e muitas galerias.

Os bolonheses levam a cultura do estomago muito a serio. Isso ve-se na organizacao das montras das lojas gourmet, restaurantes e padarias/pastelarias.

A Piazza Magiore e o centro historico sao optimos pontos de partida para descobrir a cidade. A Basilica de San Petronio fica na praca, assim como o Palacio Communale, que tem uma exposicao de arte e esculturas renascentistas espectaculares. Tinha la’ ido para visitor o Museu Morandi, o pintor contemporaneo mais famoso de Bolonha, mas sinceramente nao gostei. Nao aprecio quadros de natureza morta. Mas, felizmente, o mesmo palacio alberga o museu da cidade e esse, sim, e’ um regalo para a vista. Voltando atras, a Basilica de San Petronio e’ muito bonita e imponente, uma das maiores do mundo.

Depois, tambem merecem ser visitadas as Duas Torres. No topo da mais alta da’ para ver toda a cidade, e tirar muito boas fotografias. Acreditam que fui aos museus e atraccoes principais e sao todos de graca?!!!. Incrivel... O unico sitio onde paguei foi para subir as torres. Tres euros...

Para alem destas sugestoes, a menina dos olhos de ouro de Bolonha e’ o genero de ‘peregrinacao’ ‘a Igreja de Sao Lucas. Fica no sope’ da cidade, a olhar de cima (qual deusa). Para la’ chegar, temos de atravessar a maior extensao de abobadas do mundo. Primeiro, apanha-se autocarro ate’ as ‘portas’ da cidade e a partir dai’, para quem quiser claro, faz-se o percurso a pe’. Sao mais de 3.5 km a subir, que se faz em cerca de 45 minutos. Sua-se um bocadinho mas vale muito muito a pena. O edificio e’ majestoso e a sensacao de subir aquela cordilheira de abobadas tambem.

Resumindo: comida optima, precos muito atractivos, lojas gourmet, de malas, sapatos e roupa linda, museus, gente gira elegante e bem vestida, bares nocturnos interessantes, cultura, etc etc. O unico senao e’ que estava horrorosamente frio, ficava sempre com dores nos ossos ao final do dia. Mas ao menos nao choveu. Ainda querem mais??? Apanhem o aviao!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

(Desculpem a falta de acentos, English keyboard)

Ciaoooooooooooooooo...