segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Claire Tomalin

Quantas vezes estou  a ler uma entrevista, ou reportagem, sobre determinada pessoa e dou por mim a pensar que faz coisas giras e que seria feliz com aquele tipo de ocupação/emprego. Acontece que é igualmente importante perceber em que circunstâncias aquela pessoa chegou ao topo e conseguiu o seu ‘el dorado’.
Voltei a lembrar-me disto quando li uma entrevista/reportagem sobre Claire Tomalin, uma jornalista/escritora/investigadora que tem escrito excelentes biografias de personalidades igualmente interessantes como Charles Dickens, Jane Austen, Thomas Hardy ou Samuel Pepys. Uma ocupação de sonho, pensei eu, ser paga para fazer investigação histórica, entrevistar, viajar, colher informação sobre pessoas que tiveram vidas fascinantes.
Sim, a Claire Tomalin é uma excelente investigadora, mas há que saber mais sobre o seu percurso para chegarmos à conclusão que enfrentou dificuldades, dramas e trabalhou com afinco para conseguir o reconhecimento que merece.
Nasceu em Londres em 1933, filha de um académico francês e mãe inglesa. Os pais separaram-se quando tinha sete anos. O pai nunca mostrou ter afecto por ela e até disse que nunca desejou ter uma filha. Claire refugiou-se nos livros. A mãe chegou a dizer: "whatever happens in your life, if you have a book to read, you can escape into the book".
Estudou em escolas privadas e depois na Universidade de Cambridge. Conheceu lá o marido, em 1951, e mudaram-se para Londres. Tiveram 5 filhos. Um morreu ainda bebé, outro suicidou-se quando era jovem adulto e o mais novo tem uma doença rara. O marido, que era jornalista, foi-lhe infiel  várias vezes e morreu em Israel, em 1973, quando fazia a cobertura do conflito no médio oriente.
Claire Tomalin deixou o jornalismo quando Murdoch comprou o Sunday Times. Desde então, tem se dedicado à escrita e é vice-presidente da Royal Society of Literature.
  

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