segunda-feira, 24 de setembro de 2012

John F. Kennedy


Acabei de ler uma pequena biografia sobre John F. Kennedy, escrita por Alan Posener, e foi sem dúvida um bom ponto de partida para começar a desvendar o homem, e voltar a rever alguns conceitos da política americana dos anos 50 e 60.
Não sabia de muita coisa. Que Kennedy tinha graves problemas de saúde, que parecia não ter grande afeição pela mulher, Jackie, mas lá de quando em vez se lembrava de a engravidar, que ambos eram frios, de famílias tradicionais e ricas, que até lhes convinha os espaços que davam um ao outro, para manter a relação e dar a imagem de que eram uma família sólida e feliz.
Se calhar estou a ser demasiado dura. A verdade é que o livro não fala muito sobre a relação dos dois, menciona como se conheceram, que casaram, que JFK teve vários casos extra-conjugais mas via em Jackie uma boa mãe de família e aliada, por ser uma mulher bonita, educada e elegante. Jackie deu à Casa Branca uma aura real, e transmitia à população uma imagem de seguranca sustentada pelo poder da tradição.  
Também não sabia nada sobre o pai de Kennedy, Joe. Que era tão dominador, obcecado até com o futuro dos filhos, que orientava ao máximo a vida profissional de cada um, sobretudo dos rapazes e do filho mais velho (que também se chamava Joe), e que o pai do ex-presidente chegou a ser embaixador americano em Londres. Aos filhos não admitia falhas, ser segundo melhor de nada valia, escondeu os casos amorosos que tinha, a doença grave de uma das filhas e até do futuro presidente Kennedy.
O livro também menciona o início das tragédias da família. A irmã Kathleen casou com o Duque britânico de Devonshire e, por essa razão, seria a próxima senhora de Chatsworth House.
O duque morreu num acidente de avião, Kathleen morreu num outro acidente de avião, poucos anos depois, e o irmão mais velho de John Kennedy, Joe, também faleceu num acidente de avião.
Foi um rude golpe emocional para o pai. Joe era um homem forte, saudável, culto e inteligente e tinha o perfil ideal para fazer carreira política. Com a morte do irmão, John passa a ser o filho mais velho e as ambições do pai voltam-se para ele.
Durante a presidência de Kennedy, houve verdadeiros avanços em termos de direitos civis para a raça negra. Kennedy era um liberal católico e não concebia que 10% da sociedade americana (a de raça negra) não tivesse os mesmos direitos que a restante população.
Ao nível das Relações Internacionais, durante a era Kennedy houve sucessos e desaires políticos. A invasão na Baía dos Porcos em Cuba correu mal, assim como os desenvolvimentos na guerra do Vietname, mas Kennedy conseguiu sair por cima na questão da crise dos mísseis em Cuba.
Jackie nunca quis acompanhar o marido durante as viagens que fazia, dentro ou fora do país, mas Kennedy pediu que fosse a Dallas com ele... E foi em Dallas que foi assassinado! 

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