sábado, 8 de outubro de 2011

Que miséria!

Num dos blogues que leio com frequência, a autora do espaço dizia que pretendia mudar de emprego, que estava na hora de abraçar uma mudança. Não percebi se tinha ficado sem emprego ou se precisava de um novo desafio e melhor salário. A pessoa em questão pediu às leitoras que se soubessem de algo para passarem o contacto. E, num dos comentários, uma leitora colocou um link com informação sobre uma oferta de emprego: qualquer coisa na área administrativa, 600 euros por mês mais subsídio de almoço etc. Fiquei parva a olhar para aquilo... 600 euros por mês... É por estas e por outras que o regresso a Portugal, meu querido país, está permanentemente adiado. É que nem penso nisso!

3 comentários:

  1. Esse salário não me surpreende. Sou administrativa só no papel, porque na realidade sou uma faz-tudo na minha empresa, e só por isso recebo um pouco mais que isso. Mas, não passaram assim muitos anos (uns 4) que recebia isso. Claro que um dia fiz ver que as obrigações que tinha davam-me direito a melhor remuneração. Comigo resultou, a empresa soube ver isso, mas hoje em dia, na maioria das empresas, a resposta será outra. É que com tantos licenciados desempregados, 600€ não parece assim tão mal. E eu falo com conhecimento de causa. A minha colega, que é mais minha assistente, é professora.

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  2. Se eu disser que gostava de estar no lugar dessa pessoa, conseguirei transmitir o desespero? Actualmente as únicas ofertas de trabalho são para comerciais, onde não há salário base, tens que usar o teu carro e combustível, tens que fazer refeições na rua e se não cumprires os objectivos mirabolantes, estás despedida. Licenciada ou não (eu ainda vou a meio da minha licenciatura, mas até há meio ano, trabalhava enquanto estudava), as perspectivas são péssimas. Por isso entendo que não equaciones regressar a Portugal. No teu lugar faria o mesmo. E isto é triste, porque adoro o nosso país.

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  3. O mesmo por aqui. Vim para Paris, faz agora um ano, para estudar. Inicialmente vinha com a ideia: "três anos e depois volto", mas agora que estou aqui tão bem (sem bolsa de estudo, consigo pagar um studio e as minhas contas com um ordenado de um emprego em part-time), não equaciono tão cedo voltar...

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