Está nas 'mãos' da mesma família desde o século XII, os 'Lucy'. A guia fez questão de esclarecer que os actuais 'Lucy' são jovens, têm dois filhos (homens) pequenos, e vivem ainda numa parte privada da mansão. A herança via filho varão está assegurada.
A propriedade é enorme, tem jardins a perder de vista e fica aos pés do rio Avon. O tempo estava um espectáculo, com sol e quentinho, e aproveitei os jardins imensos e a relva fofa para descansar o esqueleto.
É uma casa típica da dinastia 'Tudor', embora tenha sido mudada e alterada ao longo dos séculos.
A decoração interior é, por exemplo, quase toda Victoriana. A rainha Isabel I, filha do rei Henrique VIII, passou duas noites na mansão e Shakespeare gostava de caçar, ilegalmente, na propriedade. Chegou a ser apanhado pelo dono da casa que o levou à justiça. Mais tarde o poeta vingou-se numa das peças de teatro, escrevendo coisas não muito abonatórias sobre o aristocrata.
A decoração interior é, por exemplo, quase toda Victoriana. A rainha Isabel I, filha do rei Henrique VIII, passou duas noites na mansão e Shakespeare gostava de caçar, ilegalmente, na propriedade. Chegou a ser apanhado pelo dono da casa que o levou à justiça. Mais tarde o poeta vingou-se numa das peças de teatro, escrevendo coisas não muito abonatórias sobre o aristocrata.
Uma das histórias que achei mais interessantes foi a de Mary Elizabeth Williams, que casou com o herdeiro da casa, George Lucy, e veio viver para Charlecote em 1823. Era filha de nobres muito ricos, do País de Gales, e escreveu um diário sobre a sua vida e da família, com informação muito interessante. Ao que parece, não queria casar com o futuro marido mas acabou por amá-lo e foram muito felizes.
No diário relatou, entre outras coisas, episódios da grande viagem que fez com o marido e filhos pela Europa, durante dois anos, onde acabou por perder um dos filhos bebé. Teve uma vida repleta de alegrias e tragédias, com a morte de alguns dos filhos, mas segundo consta revelou ser uma mulher forte e positiva. Sabe-se que gostava de tocar harpa, tirei foto da sua harpa e uma 'foto da foto' da senhora em questão...
No diário relatou, entre outras coisas, episódios da grande viagem que fez com o marido e filhos pela Europa, durante dois anos, onde acabou por perder um dos filhos bebé. Teve uma vida repleta de alegrias e tragédias, com a morte de alguns dos filhos, mas segundo consta revelou ser uma mulher forte e positiva. Sabe-se que gostava de tocar harpa, tirei foto da sua harpa e uma 'foto da foto' da senhora em questão...
O diário que escreveu está publicado em livro (Mistress of Charlecote) e é considerado um documento importante para melhor entender a sociedade britânica do século XIX, até porque não era comum senhoras do seu estatuto escreverem diários tão pormenorizados sobre a sua vida, desafios, gestão de uma grande casa senhorial etc.
A harpa de Mary Elizabeth Williams
Foto da senhora tirada pouco tempo antes de falecer (1803-1890)
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